conta a história que, um sábio passeava pelo mercado


167o
quando um homem se aproximou e falou-lhe:
- sei que és um grande mestre e queria o teu conselho. hoje de
manhã, meu filho me pediu dinheiro para comprar uma vaca. devo
ajudá-lo?
- esta não é uma situação de emergência. então, aguarde mais
uma semana antes de atender seu filho.
mas tenho condições de ajudá-lo agora, que diferença fará
esperar uma semana?
- uma diferença muito grande - respondeu o mestre. -.a minha
experiência mostra que as pessoas só dão valor a algo quando têm
a oportunidade de duvidar se irão ou não conseguir o que desejam.
quando estabelecemos objetivos para os funcionários, é
importante que haja um certo grau de dificuldade para serem
atingidos. caso contrário, eles não darão tanto valor aos
resultados alcançados.
em muitos casos a atitude de um gerente é a principal responsável
pela desmotivação da equipe e pela queda da auto-estima das
pessoas. isso já foi objeto de pesquisa e ficou comprovado pela
teoria da "profecia auto-realizadora".
funciona da seguinte forma: o gerente, sem mais nem menos,
assume uma atitude preconceituosa com relação ao funcionário.
por exemplo, acha que o indivíduo recém-admitido não será um
bom funcionário. a partir daí o gerente começa a comunicar por
meios de sinais não-verbais o seu preconceito. o funcionário capta
o julgamento que o gerente tem sobre ele. influenciado pelo
julgamento, o funcionário tem seu autoconceito abalado e a sua
auto-estima cai.
a partir daí a sua motivação para o trabalho também despenca e
ele não realiza as tarefas direito. o comportamento apresentado
pelo funcionário é, então, avaliado negativamente pelo gerente,
que confirma a sua profecia inicial. fecha-se o círculo e a profecia
se auto-realiza.
cuidado com os preconceitos e com os julgamentos precipitados
sobre os potenciais defeitos dos funcionários. isso afeta a autoestima
das pessoas e a motivação para trabalhar.

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